Não é raro um cachorro mastigar objetos, ingerir alimentos indevidos e depois passar mal, apresentar vômito ou diarreia. Mas nem sempre o motivo da indisposição é apenas mais um plástico no estômago, pode ir muito além disso. Algumas doenças apresentam sintomas que às vezes parecem banais, mas na verdade pode ser sério, como a giárdia canina.
Certos sinais podem indicar giárdia canina , que costuma afetar cães e gatos, assim como humanos. A giardíase, como é chamada a doença, prejudica o trato intestinal e causa sensações bem desconfortáveis no animal. O tutor precisa estar atento às indicações que o pet dá, saber como preveni-la, de que forma é dado o diagnóstico e como tratá-la.
Como identificar um cão com a giárdia canina
Normalmente, o animal contaminado pode apresenta fezes, que pode ter diferentes aspectos, pode conter sangue ou ser normal. O tempo que a desinteria dura não dá para saber exatamente. Em alguns casos o problema se resolve rapidamente e sem necessidade de tratamento ou manter-se até o cão receber os devidos cuidados.
O vômito e a dor abdominal podem ser indícios dessa doença. A perda de peso e a falta de apetite também costumam ser vísiveis no cão com giardíase e a fraqueza pode ser uma consequência desse sintoma, além da desidratação.
A depressão é outro sinal de que não está tudo bem. Sinais de tristeza e desânimo, além de irritação, podem indicar a enfermidade e é bom ficar alerta.
Como ocorre a contaminação?
A doença é causada por um protozoário conhecido como G lamblia ou G duodenalis . Classificada como uma zoonose, essa enfermidade pode também infectar seres humanos. Existem duas formas de transmissão da giárdia em cães e gatos, a direta e a indireta. No primeiro caso, é por meio de outros animais, principalmente em canis e gatis, onde os pets ficam aglomerados e em constante contato. Os animais também são contaminados por ingestão de água ou alimentos que contenham o protozoário presente nas fezes e pelos de outros pets doentes. É bom ficar alerta porque o cisto da giárdia, que fica nas fezes dos animais, é resistente e pode sobreviver por meses em ambientes úmidos. A solução pode ser compostos químicos, que também servem como prevenção dessa doença.
Diagnóstico da giardíase
Essa enfermidade pode ser identificada pelo próprio veterinário, baseado nos relatos dos tutores, que devem prestar atenção nos sintomas do pet para facilitar o diagnóstico. O exame coprocológico (de fezes) é um dos mais eficazes para ter certeza da situação do bichinho. A análise laboratorial avalia os cistos presentes. É possível perceber esses elementos ainda uma semana depois do início dos sintomas do animal e permite que o exame seja refeito mesmo que dê resultado negativo, já que o protozoário é resistente.
O pet está com giárdia, o que faço?
Depois de identificada a giardíase, o tratamento mais comum é à base de medicamentos, antibióticos próprios para esse protozoário. Além disso, o processo de vermifugação também ajuda a acabar com a contaminação. O ideal é que os vermífugos sejam dados ao pet uma vez ao ano ou a cada seis meses. A desvantagem dessa proteção é que, além de eliminar certos vermes, pode levar junto importantes protetores intestinais. Por isso, o médico deve ser consultado antes de o tutor tomar qualquer atitude.
Mas esse tratamento é certeiro? Talvez não. Por alguns motivos o animal pode continuar com o problema de saúde. Seja porque o protozoário já está resistente às drogas que deveriam combater ou mesmo devido à outra enfermidade também presente no cão ou gato - que atrapalha a cura. Um diagnóstico errado também pode afetar qualquer tratamento. Além disso, a resistência da giárdia ao meio ambiente facilita sua proliferação em vários lugares. Esse problema de saúde é um dos que mais levam animais ao veterinário e, por ser de fácil transmissão, é também complicado para ser combatido.
A prevenção é fundamental
Uma das primeiras reações do tutor ao chegar em casa, da rua, é abraçar e mexer nos peludinhos, mas nem sempre isso é recomendado. Durante o dia, pega-se em objetos cheios de bactérias, como dinheiro e corrimões, onde pode haver o protozoário causador da giardíase. Lavar as mãos é essencial sempre, mas nesse caso é ainda mais.
Os sapatos são outros vilões para os animais. Carregam sujeira e muitas bactérias e o contato direto com o chão aumenta a chance de infectar o cachorrinho. A dica aqui é tirar evitar caminhar com os calçados usados na rua dentro de casa, já que vários cães têm mania de lamber e cheirar o chão a todo momento.
A vacinação é outro método eficaz e mais certeiro do que os cuidados tomados em casa. As duas primeiras doses devem ser dadas ao pet ainda filhote e depois de adulto uma vez ao ano. É melhor prevenir do que tratar várias vezes, já que esse protozoário se espalha rapidamente e não é difícil se contaminar.
Ambientes já antes frequentados por outros animais também devem ser higienizados. Isso pode ser feito com compostos químicos, como água sanitária, compostos de amônio quaternário e água fervente, para matar os ovos dos protozoários.
Mais importante do que tratar é prevenir a giárdia canina, porque essa doença representa uma das mais perigosas para os animais.
Fonte: Canal do Pet
http://canaldopet.ig.com.br/cuidados/saude/2017-06-19/giardia-canina.html