Fofinhos, carinhosos e grandes companheiros, os animais de estimação têm ocupado um papel importante dentro dos lares. Embora positiva sob diversos aspectos, essa relação precisa de alguns cuidados para se manter saudável. Dados da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (United States Agency for International Development) revelam que mais de 75% das doenças humanas emergentes do último século são de origem animal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a lista de zoonoses — doenças transmissíveis de animais vertebrados para humanos e vice-versa — supera os 200 tipos, podendo ser provocadas por fungos, bactérias, vírus e parasitas. Dentre os parasitas mais comuns estão os vermes, que acometem tanto os animais quanto os tutores e merecem atenção especial.
A vermifugação periódica é a melhor maneira de prevenir as infestações em cães e gatos. Outra forma de prevenção é evitar que os animais sadios frequentem o mesmo ambiente daqueles que possam estar contaminados, como, por exemplo, praças, parques e praias, diz Bárbara Benitez, médica veterinária.
Luís Carlos Ribeiro, médico infectologista e pediatra do Hospital da Criança Santo Antônio, destaca que a medida mais eficiente para evitar a contaminação é manter a saúde dos animais em dia e adotar hábitos básicos de higiene, como lavar bem as mãos após o contato com os pets. Isso porque a contaminação ocorre, principalmente por meio da ingestão dos parasitas, invisíveis a olho nu. O cão rola no pátio por onde andou um gato que fez excrementos, depois o tutor afaga o cão, passa na cozinha, pega uma bolacha e come, ilustra. Cuidar da higiene das mãos após mexer no animal já é suficiente para proteger-se da contaminação, reforça Ribeiro, acrescentando que, nas crianças, esses cuidados devem ficar a cargo dos pais.
Nos filhotes
Embora todos os animais possam ser infectados, o mais comum é observar vermes nos filhotes. Eles podem ser contaminados na gestação ou amamentação. O sistema imunológico em desenvolvimento também pode colaborar para que sejam mais propensos a parasitas. O uso de vermífugos deve ser orientado por um médico veterinário.
Sinais de contaminação em pets
• Perda de peso em razão dá má nutrição provocada pelos parasitas
• Mudanças na pelagem dos gatos, que pode ficar fosca e desajeitada
• Abdômen inchado e sensível ao toque
• Gengiva pálida em gatos
• Fezes com parasitas ou diarreia
• Coceira na região do ânus, que pode indicar a presença de vermes
Infecções mais comuns
• Bicho geográfico
• Entra pela pele e deixa um rastro pelo corpo da pessoa, causando prurido e infecção por bactéria.
Toxoplasmose
É transmitida pela ingestão do agente causador proveniente do solo ou outros ambientes contaminados por fezes de gatos infectados e também pelo consumo de carnes mal cozidas que estejam infectadas, especialmente de porco ou carneiro. Também pode ocorrer transmissão das mães para os fetos durante a gravidez, o que pode provocar lesões oculares graves e problemas na gestação.
Toxocaríase
Transmitida pelo contato com as fezes de cães contaminados. Tem sintomas variados, que vão desde febre até problemas graves de visão. A contaminação pode comprometer a musculatura, os olhos e os pulmões.
Fonte: Zero Hora, Vida e Estilo
http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2017/06/vermes-dos-pets-podem-contaminar-humanos-tire-suas-duvidas-9806635.html